Controvérsias em torno do Monumento ao Sapateiro - Novo Hamburgo/RS

Autores/as

Palabras clave:

Monumento ao Sapateiro, Memória, Flávio Scholles, Identidade local, Novo Hamburgo/RS

Resumen

O presente artigo analisa as polêmicas em torno do Monumento ao sapateiro, projetado pelo artista Flávio Scholles no ano de 1979, na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Utilizam-se, como fonte, jornais de circulação local. Busca-se compreender como o monumento condensa diversos significados a partir da análise da construção de representações identitárias e da disputa de memórias. Entende-se que as controvérsias ocorrem, especialmente, devido à ruptura apresentada pelo monumento em relação à identidade local de Novo Hamburgo, propagada como cidade progressista ligada à indústria calçadista. A proposta do artista evidencia uma representação do trabalhador, sapateiro, sem reiterar o discurso do progresso harmônico.

Biografía del autor/a

Roswithia Weber, Universidad Estatal de São Paulo UNESP

Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1996), mestrado (2000) e doutorado (2006) em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é membro titular do Conselho Universitário da Universidade Feevale (Novo Hamburgo/RS), professora do Mestrado Profissional em Letras e dos Cursos de História e Turismo. Atua com projetos nos grupos de pesquisa Cultura e Memória da Comunidade e Linguagens e Manifestações Culturais. Desenvolve pesquisas com ênfase em História Regional do Brasil, tematizando processos de construção de identidades locais; identidade étnica e relações interétnicas; identidade e turismo; literatura e processos de construção de identidades, produções literárias e manifestações culturais e ensino. É membro do Instituto Histórico de São Leopoldo.

Citas

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WENDLING, Líbia Maria Martins. A arte no Vale do Sinos. São Leopoldo, Unisinos, 1999.

Publicado

2018-12-30

Cómo citar

Weber, R. (2018). Controvérsias em torno do Monumento ao Sapateiro - Novo Hamburgo/RS. Patrimônio E Memória, 14(2), 206–219. Recuperado a partir de https://portalojs.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3355