As formas simbólicas de Ernst Cassirer e o conceito de Patrimônio Cultural
um diálogo possível com base no estudo da Casa do Divino (PR)
Palabras clave:
Formas simbólicas, Patrimônio cultural, Casa do DivinoResumen
A intenção deste artigo é contribuir com as discussões interdisciplinares que a comunidade acadêmica promove há anos sobre o conceito de patrimônio cultural, suas transformações, ampliações e possibilidades de análise. Assim, ao utilizar Ernst Cassirer e sua crítica da cultura a partir da filosofia das formas simbólicas em diálogo com o conceito de patrimônio cultural, buscou-se alavancar um debate essencialmente analítico compreensivo, do que apenas descritivo. Para averiguar a possibilidade de tal diálogo os conceitos serviram de base analítica no estudo de alguns aspectos de um patrimônio cultural em especial: a Casa do Divino, existente em Ponta Grossa (PR) desde 1882. As formas simbólicas apresentadas por Cassirer permitiram compreender o homem como aquele que interpreta, articula e sintetiza a experiência humana. Estudando essas práticas, via seu patrimônio cultural, verificou-se que esse homem se submete às regras da sua comunidade, mas também à sua produção e modificação conforme sua identificação e funcionalidade.
Citas
*Fontes*
CASA do Divino. Cantos e orações. Ponta Grossa: s. ed., 2015.
CONSELHO Municipal de Patrimônio Cultural. Processo nº 02/2004, Tombamento do imóvel Casa do Divino. Inscrição nº 41 no Livro do Tombo Definitivo. Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, 2004.
DIÁRIO dos Campos. Redação. Divino em Ponta Grossa vai completar 100 anos. Ponta Grossa, Diário dos Campos, 28.jan.1979.
HONORATO, Saori. Projeto Lente Quente. Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2016. https://www.facebook.com/628491763960718/photos/a.630380453771849.1073741830.628491763960718/711687605641133/?type=3&theater Acesso 28.out.2016.
*Referências*
ARAÚJO, José Carlos. Igreja Católica no Brasil: um estudo de mentalidade ideológica. São Paulo: Paulinas, 1986.
AUDI, Robert. Dicionário de filosofia de Cambridge. São Paulo: Paulus, 2006.
AZZI, Riolando. O início da restauração católica no Brasil (1920-1930) I e II. Síntese. 10, 1977, p. 61-89; 11, 1977, p. 73-101.
______ & BEOZZO, José Oscar (Orgs.). Os religiosos no Brasil: enfoques históricos. São Paulo: Paulinas, 1986.
BRASIL. Decreto nº 3.551, de 04 de agosto de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3551.htm Acesso em: 26.out.2016.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global, 2001.
CASSIRER, Ernst. Antropologia filosófica: ensaio sobre o homem – introdução a uma filosofia da cultura humana. Tradução Vicente Felix de Queiroz. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1972.
______. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. Tradução: Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
CHAUI, Marilena. Cidadania cultural: o direito à cultura. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006.
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade, UNESP, 2006.
CUCHE, Denys. Cultura e Identidade. In: ______. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.
DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. 6 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
FERNANDES, Dalvani; GIL FILHO, Sylvio Fausto. Geografia em Cassirer: perspectivas para a geografia da religião. GeoTextos. Salvador, v. 7, n. 2, p. 211-228, dez. 2011. Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/5283/4092 Acesso em 01.jul.2016.
FONSECA, Maria Cecília Londres. Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla de patrimônio cultural. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
GIL FILHO, Sylvio Fausto. Geografia das formas simbólicas em Ernst Cassirer. In: BARTHE DELOIZY, Francine. SERPA, Angelo. (Orgs.). Visões do Brasil: estudos culturais em Geografia. Salvador: EDUFBA; Edições L’Harmattan, 2012, pp. 47-66. Disponível em: http://books.scielo.org/id/8pk8p/pdf/barthe-9788523212384-04.pdf Acesso em: 01.jul.2016.
GIMENEZ, José Carlos. A Rainha Isabel nas estratégias políticas da Península Ibérica: 1280-1336. 1995. 201 p. Tese (Doutorado em História). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1995.
POSSAMAI, Zita Rosane. Destruição legal e ilegal do patrimônio histórico. In: HEINZ, Flávio Madureira; HARRES, Marluza Marques. (Orgs.). A história e seus territórios. São Leopoldo: Oikos, 2008.
REALE, Giovanni. ANTISERI, Dario. História da filosofia: do romantismo até nossos dias. v. 3. São Paulo: Paulus, 1991.
ROCHA, Vanderley de Paula. Fé, cultura e tradição: as celebrações em honra ao Divino Espírito Santo na cidade de Ponta Grossa 1882-2011. Ponta Grossa: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, 2012.
SERPA, Angelo. Por uma geografia das representações sociais. Olam: Ciência & Tecnologia. Rio Claro, vol. 5, n. 1, p. 220-232, maio 2005. Disponível em: http://www.esplivre.ufba.br/artigos/AngeloSerpa_Olam5_2005.pdf Acesso em 23.set.2015.
WARNIER, Jean-Pierre. A mundialização da cultura. Bauru: EDUSC, 2000.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Patrimônio e Memória

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todo el contenido de la revista, salvo que se indique lo contrario, está sujeto a una licencia de atribución Creative Commons BY.