Here lies a cemetery: the transfer and abandonment of the old Lagoa Cemetery in Barra Velha, Santa Catarina

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5016/pem.v21i1.4066

Keywords:

Cemitério da Lagoa, Death rituals, Places of pain and shame

Abstract

The aim is to reflect on the transfer of the old Cemitério da Lagoa in Barra Velha, SC, which took place in 1929, seeking to provide insights into the reasons that led to its replacement by a new burial ground and its gradual abandonment throughout the second half of the 20th century. Identifying it as a place still bearing references to the mourning memories of riverside communities, the aim is to discuss its transformation from the perspective of Barra Velha’s cultural funeral heritage, its peculiar funeral rituals, and the abandonment of this place, which is now completely overtaken by vegetation. Through qualitative research, we seek to gather information about the history of this space of pain, which received the bodies of victims of outbreaks and diseases that affected the region during the 18th, 19th, and 20th centuries and may be among the first cemeteries located on the North Coast of Santa Catarina.

Author Biographies

Angelita Borba de Souza, Universidade da Região de Joinville (Univille)

Licenciada e Bacharel em História pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí). Mestre em Patrimônio Cultural e Sociedade pela UNIVILLE (Universidade da Região de Joinville). É aluna do Doutorado em Patrimônio Cultural e Sociedade pela UNIVILLE e faz parte do Grupo de Pesquisa Cidade, Cultura e Diferença na mesma Universidade. Professora de História na Educação Básica de Santa Catarina, atua na Escola de Educação Básica Conselheiro Astrogildo Odon Aguiar na cidade de Barra Velha. É membra da ANPUH - SC (Associação Nacional de História - Santa Catarina), da ABEC - (Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais), participa do COMPAC (Conselho Municipal do Patrimônio Cultural) do município de Barra Velha e é também membra da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina - Seccional Barra Velha.

Ilanil Coelho, Universidade da Região de Joinville (Univille)

doutora em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Pós-doutora pela Universidade de Coimbra, na área de Ciências Humanas. É professora do curso de História e do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é vice coordenadora do curso de História da Univille, ( 2023/2024) e líder do grupo de pesquisas Cidade, cultura e diferença.

References

A REGENERAÇÃO, Anno X, n. 946 de 03/03/1878.

A REGENERAÇÃO, Anno X, n. 964 de 09/05/1878 .

ALVIM, Hélio Ramos. O cortejo fúnebre. Tribuna da Cidade, Barra Velha, 2 maio 1997, p. 10.

ARIÈS, Philippe. História da morte no Ocidente: Da idade média até nossos dias. Tradução Priscila Viana de Siqueira. Edição Especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

BATISTA, Gabriela Lopes. Patrimônios difíceis, demanda social e reparação nos Asilos Colônias em São Paulo. Fronteiras: Revista Catarinense de História, [S.l.], n. 32, 2018/02.

BOER, Peter. Barra Velha através dos tempos. Edição independente. Barra Velha,1992.

BORGES, Viviane T. A patrimonialização e suas contradições: patrimônio prisional na França tempo presente. Anos 90, Porto Alegre, v. 25, n. 48, p.213-240, dez. 2018. Disponível em: https://scispace.com/papers/a-patrimonializacao-e-suas-contradicoes-o-patrimonio-1at5avobsa . Acesso em: 02 maio 2025.

CASTRO, Elisiana Trilha. O patrimônio cultural funerário catarinense. Florianópolis: FCC, 2017.

CASTRO, Elisiana Trilha. O patrimônio cultural funerário. In: CARVALHO, Aline; MENEGUELLO, Cristina (org.) Dicionário temático de patrimônio: debates contemporâneos. Campinas: Editora da Unicamp, 2020. p. 145-150.

CATROGA, Fernando. O culto dos mortos como uma poética da ausência. Revista ArtCultura, Uberlândia, v. 12, n. 20, p. 163-182, jan./jun. 2010.

CHRISTOFFOLI, Angelo Ricardo. Cabeçudas 1910 – 1930: a praia como padrão de conduta social. 2000. 123 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria) - Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, 2000.

CYMBALISTA, Renato. Cidade de vivos: arquitetura e atitudes perante a morte nos cemitérios do Estado de São Paulo. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2002.

DILLMANN, Mauro. Morte e práticas fúnebres na secularizada República: A irmandade e o cemitério São Miguel e Almas de Porto Alegre na primeira metade do século XX. Porto Alegre. 2013. 300 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, 2013.

ELIAS, Norbert. A solidão dos moribundos seguido de envelhecer e morrer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

FAGUNDES, José Carlos. Compêndios: fragmentos para a história de Barra Velha. São Paulo: Scortecci, 2014.

FOCHI, Graciela Márcia. Morte, cemitérios e jazigos: Um estudo do cemitério municipal de Joinville/SC. 2011. 181 f. Dissertação. (Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade) - Universidade da Região de Joinville (UNIVILE), Joinville, 2011.

GAZETA DE JOINVILLE, Anno 1, n. 26 de 26/03/1878.

GONÇALVES, Antônio Custódio. Rituais tradicionais de solidariedade: religião e tensões entre finitude e infinitude. In: RAMOS, Luís A. de Oliveira; RIBEIRO, Jorge Martins; POLÔNIA, Amélia (org). Estudos em homenagem a João Francisco Marques. Porto: Faculdade de Letras da Uni. Do Porto, 2001. Disponível em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2855.pdf . Acesso em: 05 maio 2025.

HOWARTH, Glennys; LEAMAN, Oliver (ed.). Encyclopedia of death and dying. Londres: Routledge, 2001.

JORNAL GAZETA DO VALE. Gaspar/Blumenau 22 de janeiro de 1982. n.1.

JORNAL HORA H. Joinville Santa Catarina de 13 a 19 de fevereiro de 1982. Ano III, nº104. Disponível em: https://hemeroteca2.cultura.sc.gov.br/docreader/DocReader.aspx?bib=890480&pesq=hora%20h&hf=hemeroteca.ciasc.sc.gov.br&pagfis=1589 . Acesso em: 26 maio 2025.

MENEZES, Rachel Aisengart; GOMES, Edlaine de Campos. Seu funeral, sua escolha: rituais fúnebres na contemporaneidade. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 54, n. 1, p. 89-132, jan. jun, 2011.

MENEGUELLO, Cristina. Patrimônios difíceis (sombrios). In: CARVALHO, Aline; MENEGUELLO, Cristina (org.). Dicionário temático de patrimônio: debates contemporâneos. Campinas: Editora da Unicamp, 2020. p. 245-248.

MENEGUELLO, Cristina; BORGES, Viviane. Patrimônio, memória e reparação: a preservação dos lugares destinados à hanseníase no estado de São Paulo, Unesp, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 345-374, julho-dezembro, 2018.

PARATY. Livro de Decretos e Resoluções de Parati. Determinações do período compreendido entre 1926 e 1934.

PEREIRA, Carlos da Costa. História de São Francisco do Sul. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 2004.

PEREIRA, Júlio César Medeiros da Silva. À flor da terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Gramond: IPHAN, 2007.

REIS, João José. A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

RODRIGUES, José Carlos. Tabu da morte. Rio de Janeiro: Achiamé, 1983.

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem a Curitiba e Santa Catarina. Tradução Regina Regis Junqueira. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1978.

SCHWARCZ, Lilia M.; STARLIN, Heloisa M. A bailarina da morte: a gripe espanhola no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

SEGALEN, Martine. Ritos e rituais contemporâneos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

SILVA, Adriana Vicente da; RODRIGUES, Claudia; AISENGART, Rachel. Morte, ritos fúnebres e luto na pandemia de Covid-19 no Brasil. Revista Nupem, Campo Mourão, v. 13, n. 30 p. 214-234, 2021.

SOUZA, Angelita B. Um patrimônio cultural em conflito: memórias, morte e transferência do cemitério da lagoa em Barra Velha. Joinville: Univille, 2016. Disponível em: https://www.univille.edu.br/account/mpcs/VirtualDisk.html?action=readFile&file=SOUZA_Angelita_Borba_de.pdf&current=/Resumos_das_Dissertacoes/2016 Acesso em: 05 maio 2025.

TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 2013.

Published

2025-12-16

How to Cite

Souza, A. B. de ., & Coelho, I. (2025). Here lies a cemetery: the transfer and abandonment of the old Lagoa Cemetery in Barra Velha, Santa Catarina. Patrimônio E Memória, 21(1), 1–28. https://doi.org/10.5016/pem.v21i1.4066