Pensar o patrimônio cultural por meio da repatriação e restituição de bens culturais

Autores

Palavras-chave:

Patrimônio cultural, Repatriação, Restituição

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar o cenário internacional da discussão sobre a repatriação e a restituição de bens culturais que foram retirados de seus territórios de origem em circunstâncias diversas, especialmente durante o período colonial. Por meio da análise de alguns casos internacionais e nacionais, buscou-se compreender de que forma as diferentes nações e instituições culturais têm lidado com os assuntos referentes ao patrimônio cultural em tempos de descolonização.

Biografia do Autor

Karine Lima da Costa, Universidade Estadual Paulista UNESP

Karine Lima da Costa é licenciada, bacharela e Mestra em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e bacharela em Museologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui interesse nas temáticas relacionadas aos acervos museológicos e ao patrimônio cultural, especialmente sobre repatriação e restituição de bens culturais. Na área da Museologia possui experiência em assessoria e consultoria, com ênfase na elaboração e no desenvolvimento de Planos Museológicos. Atualmente é professora do curso de Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

BEKERIE, Ayele. The Rise of the Aksum Obelisk is the Rise of Ethiopian History. Africana Studies and Research Center, New York: Cornell University, 2005.

BORGES, Luiz Carlos; BOTELHO, Marilia Braz. Museus e restituição patrimonial – entre a coleção e a ética. In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:

<http://enancib.ibict.br/index.php/enancib/xienancib/paper/viewFile/3593/2717> Acesso em: 30 jul. 2018.

BRASIL. Decreto-Lei n. 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro, 1937.

______. Decreto-Lei n. 3.866, de 29 de novembro de 1941. Dispõe sobre o [cancelamento de] tombamento de bens no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro, 1941.

CARTA DE SÃO PAULO SOBRE REPATRIAÇÃO DE BENS CULTURAIS. São Paulo, 12 de setembro de 2013.

CUNO, James. Who Owns Antiquity? Museums and the Battle Over Our Ancient Heritage. Princeton University Press, 2008.

FELICIANO, Héctor. O museu desaparecido: a conspiração nazista para roubar as obrasprimas da arte mundial. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

FERREIRA, Lúcio Menezes. Patrimônio, pós-colonialismo e repatriação arqueológica. Ponta de Lança. São Cristóvão v.1, n. 2, 2008. p. 37-62.

GEKOSKI, Rick. Alguém viu a Mona Lisa? Histórias sobre obras de arte e literatura desaparecidas. Rio de Janeiro: Record, 2015.

GERSTENBLITH, Patty. The public interest in the restitution of cultural objects. In: Connecticut Journal of Int´l Law, vol. 16:2, 2001. p. 197-246.

HERSCHER, Ellen. International Control Efforts: are there any good solutions? In: MESSENGER, Phyllis M. (ed.). The Ethics of Collecting Cultural Property. Albuquerque: University of New Mexico Press, 1999. p. 117-128.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. ATA da 65ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro, 04 nov. 2010. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/atas/2010__03__65a_reunio_ordinria__4_de_novembro.pdf> Acesso em: 31 jul. 2018.

INTERGOVERNMENTAL COMMITTEE FOR PROMOTING THE RETURN OF CULTURAL PROPERTY TO ITS COUNTRIES OF ORIGIN OR ITS RESTITUTION IN CASE OF ILLICIT APPROPRIATION. Standard Form concerning Requests for Return or Restitution. January, 1986.

MCINTOSH, Molly L. Exploring Machu Picchu: an Analysis of the legal and ethical issues surrounding the repatriation of cultural property. Duke Journal Comparative and International Law. v. 19, 2006. p.199-221.

MELO, Jorge Henrique T. L. Kàjré: a vida social de uma machadinha Krahô. Dissertação (Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.

MERRYMAN, John Henry. Dois modos de se pensar os bens culturais. In: FABRIS, Alice Lopes. A proteção internacional de bens culturais: textos escolhidos. Belo Horizonte: NEHCIT, 2016. p. 56-87.

______. Thinking about the Elgin Marbles. Michigan Law Review, Vol. 83, No. 8, 1985. p. 1880-1923.

MOULEFERA, Tayeb. Algeria. Museum: return and restitution of cultural property. Paris: Unesco, Vol. 31, ano 1, 1979. p. 10-11.

PROTT, Lyndel V. (ed.). Witnesses to History: a compendium of documents and writings on the return of cultural objects. Paris: Unesco, 2009.

ROEHRENBECK, Carol A. Repatriation of Cultural Property – Who Owns the Past? An Introduction to Approaches and to Selected Statutory Instruments. International Journal of Legal Information. Vol. 38: Issue 2, Article 11, 2010.

UNESCO. Convenção para a proteção dos bens culturais em caso de conflito armado. Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura. Haia, 1954.

______. Convenção relativa às medidas a serem adotadas para proibir e impedir a importação, exportação e transferência de propriedades ilícitas dos bens culturais. Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura. Paris, 1970.

______. Comitê Intergovernamental para a Promoção do Retorno dos Bens Culturais aos seus Países de Origem ou sua Restituição em caso de Apropriação Ilícita. Paris, 1978.

________. Standard Form concerning Requests for Return or Restitution. 1986.

Downloads

Publicado

30-12-2018

Como Citar

Lima Costa, K. (2018). Pensar o patrimônio cultural por meio da repatriação e restituição de bens culturais. Patrimônio E Memória, 14(2), 256–271. Recuperado de https://portalojs.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3363