Desde o soar dos clarins ao repercutir dos instrumentos nativos do Congo
a presença negra e mestiça na prática musical no Brasil entre os séculos XVIII e XIX
Mots-clés :
negros, mestiços e músicosRésumé
Numa sociedade marcada em seus diversos níveis de hierarquização pela presença da escravidão, africanos e sujeitos oriundos das mestiçagens biológicas ocorridas no seio da América portuguesa, demarcaram seu território de atuação não apenas no universo dos ofícios mecânicos e dos trabalhos relacionados à agricultura e extrativismo. Antes, se estabeleceram ou foram empregados como artífices da música a serviço de Irmandades católicas, Senado de câmara ou particulares. Se por um lado, a escassez de documentação até os dias de hoje tem sido o principal obstáculo para identificação da identidade da maior parte destes sujeitos; por outro, a presença absoluta de homens de cor no exercício desta arte até os dias de hoje tem despertado o interesse de musicólogos e historiadores. Tencionamos neste texto apreender aspectos da participação dos negros e de seus descendentes no exercício da arte musical entre os séculos XVIII e XIX, no intuito de descortinar especificidades desta presença nesta atividade artística tão apreciada por contemporâneos.
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