A “terra em que só existia dia, noite não havia”
apropriação de uma ideia de indígena no poema Martim Cererê de Cassiano Ricardo
Palabras clave:
literatura, representação, indígena, apropriação, modernismoResumen
Ao considerarmos que a apropriação do indígena como símbolo da nacionalidade na literatura articulou-se em duas fases – a primeira, romântica, e a segunda, modernista – veremos, nesse artigo, as formas como Cassiano Ricardo em seu poema Martim Cererê (1927) inseriu o indígena em seu fazer poético através de uma mescla entre as representações românticas e modernistas. Para que possamos discutir essa problemática, lançaremos mão do conceito de apropriação elaborado por Roger Chartier (2002). Esse conceito nos auxiliará no entendimento das representações elaboradas por Cassiano Ricardo ao longo das seis primeiras edições do referido poema. Lançando mão do pensamento de Henrique Dussel (1993) para entender o poema em tela, veremos, ao longo desse estudo, que; ao se apropriar do indígena como elemento racial para pensar a identidade brasileira, Cassiano Ricardo reproduziu o processo de “encobrimento do Outro” – símbolo da Modernidade – apontado pelo pensador argentino. Com base nessa proposta, pretendemos recuperar a história das formas como o indígena foi representado na narrativa literária encontrada no poema Martim Cererê.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam na Revista Faces da História concordam com a cessão dos direitos autorais dos manuscritos, processo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC-BY-NC), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Dessa forma, a Revista Faces da História pode difundir os artigos e trabalhos publicados, em formatos físicos e/ou eletrônicos, incluindo Internet.