Relações étnicas na obra de Eurípides (século V a.C.)
uma análise de Alceste, Héracles e Andrômaca
Palabras clave:
etnicidade; Eurípides; Grécia Antiga; tragédia grega; Análise do Discurso; bárbaros.Resumen
Nosso objetivo é analisar como podemos perceber a existência de fronteiras étnicas dentro das tragédias euripidianas, de modo a inserir esse discurso em uma formação discursiva helênica e, sobretudo, ateniense. Para tal, utilizaremos como norte teórico as ideias acerca da etnicidade, elaboradas por Fredrik Barth, e de alteridade-identidade, de Marc Augé. Defendemos que, ao longo da obra de Eurípides, há um esforço em reforçar as fronteiras étnicas existentes nos moldes já conhecidos pela audiência e com a inserção de novos elementos, embora haja uma certa crise da “ideologia pericleana” (como chama Fabio Turato a ideia propagada da grandiosidade de Atenas) e uma tenuidade cada vez maior da fronteira entre o grego e o bárbaro. Isso é feito a fim de criar um discurso que chame a atenção para a possibilidade do grego se tornar, ele mesmo, um bárbaro.
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