O patrimônio cultural vivo das etnias Munduruku, Apiaká e Kayabi
Palabras clave:
Povos Indígenas, Patrimônio Cultural, AmazôniaResumen
Apiaká, Munduruku e Kayabi entre os anos de 2010 e 2019 reivindicavam o direito à posse de doze urnas funerárias dos seus ancestrais que estavam na área afetada diretamente pela construção da hidrelétrica de Teles Pires e foram guardadas no Museu de Alta Floresta (MT). Sua disputa pelo direto às urnas está no escopo de uma luta mais ampla: o direito à autonomia territorial. Desse modo, em diferentes manifestos e entrevistas, indígenas questionam não somente a ideia de desenvolvimento engendrada pelo Estado no território amazônico, mas o modo como é pensada a preservação do patrimônio cultural no Brasil e, nesses termos, fazem questão de estabelecer uma distinção em relação ao patrimônio cultural do não índio: o patrimônio indígena é vivo e, portanto, não está preservado em Museus, mas na própria relação dos indígenas com a natureza e a comunidade nacional imaginada.
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