Entre a ruptura e a permanência
uma síntese analítica e histórica do preconceito racial e social nas músicas: “sou negro”, “brincar de índio” e “fricote”
Palabras clave:
Eurocentrismo, Aculturação, Black, Indigenismo, MúsicaResumen
Se atentamente olharmos a sociedade brasileira do século XX, encontraremos elementos teóricos europeus defendidos no século XIX. Porém, tal constatação não deveria nos surpreender visto que, para o bem ou para o mal, somos produtos de uma construção histórica fundamentada em valores etnocêntricos da Europa Moderna. Os resultados desta herança cultural repercutem de forma negativa em classes sociais com mínima representatividade política tais como os indígenas e os negros. Diante deste cenário, este artigo procura analisar as letras de três canções que alcançaram uma ampla divulgação no território brasileiro entre os anos de 1970 e 1980, tendo por objetivo verificar se suas grafias apontam para uma permanência de (ou rupturas com) discursos de valores europeus no Brasil. As letras selecionadas compõem as músicas “Sou Negro”, “Brincar de Índio” e “Fricote”, interpretadas respectivamente por Tony Tornado, Xuxa e Luiz Caldas.
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