Orientalizar-se
as representações dos “orientais” em Personal Narrative of a Pilgrimage to Al-Madinah & Meccah, de Richard Francis Burton (1855-56)
Palabras clave:
Richard Francis Burton, Islã, Peregrinação, Literatura de Viagem, ImperialismoResumen
Este artigo volta-se para a representação mais generalista dos personagens “orientais” dentro da obra Personal Narrative of a Pilgrimage to Al-Madinah & Meccah (1855-56), do explorador britânico Richard Francis Burton (1821-1890) que, ao empregar o disfarce do muçulmano Shaykh Abdullah – figura esta que aparece em outros livros do autor –, conseguiu realizar a peregrinação a Meca, o hajj, ritual sagrado do islã proibido a não muçulmanos. O outro “oriental” que se apresenta no relato de viagem toma a forma da categoria bastante abrangente de “muçulmanos”, heterogênea por si só, ainda mais no contexto do hajj, em que diferentes grupos se reúnem em Meca para realizar os rituais sagrados islâmicos. Nessas descrições, percebe-se que Burton cai em generalizações ao mesmo tempo que individualiza certos peregrinos que encontra pelo caminho, o que acaba por trazer à tona um caráter ambíguo para o relato de viagem.
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