Matias Aires e a arte de sentenciar

Autores

Palavras-chave:

retória, vaidade, Matias Aires

Resumo

Neste artigo, pretende-se dialogar a obra de Matias Aires (1705-1763) com a tradição retórica e os preceitos da Igreja Católica, o que confere ao seu escrito o caráter doutrinário, mediante a aplicação de conceitos didáticos e moralizantes em vigor no século XVIII.

Biografia do Autor

Jean Pierre Chauvin, Escola de Comunicações e Artes – USP

Professor Associado (MS.5.1) da Escola de Comunicações e Artes (USP), onde pesquisa e leciona Cultura e Literatura Brasileira (módulos: Colônia, Império e República). Na FFLCH (USP), atua no PPG Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. No CELP/FFLCH, coordena o Projeto de Pesquisa Letras, Retórica, Poética e Outras Artes, séculos XVII, XVIII, XIX. É co-líder, com Marcelo Lachat (UNIFESP), do Grupo de Pesquisa [CNPq]: Historiografia das Letras Luso-Brasileiras e da Literatura Brasileira. Tem mestrado (1999-2002) e doutorado (2003-2006) em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP); bacharelado em Letras-Português pela mesma Universidade (FFLCH, 1995-1998); licenciatura em Letras - Português (FEUSP, 1999-2000). Autor de: Pedra, Penha, Penhasco: a invenção do Arcadismo Brasileiro (2023). Coautor, com Cleber V. do A. Felipe (UFU), de Estudos sobre a Épica Luso-Brasileira [séculos XVI a XVIII] (2021), com quem co-organizou Ensaios sobre Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira (2022). Com Marcelo Lachat, co-organizou As Letras na Terra do Brasil (séculos XVI a XVIII), também em 2022. É membro da Cátedra Pombal (Universidade Federal do Sergipe), sob coordenação de Luiz Eduardo de Oliveira, desde 2022. Afiliado à SBR (Sociedade Brasileira de Retórica) e à ANPUH (Associação Nacional de História).

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Publicado

30-12-2018

Como Citar

Chauvin, J. P. (2018). Matias Aires e a arte de sentenciar. Patrimônio E Memória, 14(2), 465–479. Recuperado de https://portalojs.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3384

Edição

Seção

Artigos Livres