Inventários e processos de patrimonialização

o caso da Vila de Paranapiacaba

Autores

Palavras-chave:

Inventário, Patrimônio ferroviário, Preservação

Resumo

Este artigo pretende abordar o inventário como peça fundamental do campo da preservação, por constituir um dos primeiros passos do processo de patrimonialização. Analisa a origem do inventário na França, quando se criou a primeira Comissão dos Monumentos Históricos, em 1837, prossegue com o relato dos primeiros inventários no Brasil, um século depois, em 1937, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), comparando essas diferentes posturas referentes aos processos mais recentes conduzidos pelos órgãos de preservação que atuam nos tombamentos da Vila de Paranapiacaba. O estudo corresponde a uma etapa de uma pesquisa que tem a Vila de Paranapiacaba como estudo de caso, com a perspectiva de se discutir os critérios de valoração vigentes na atuação dos organismos públicos responsáveis pela preservação do patrimônio e os seus desdobramentos em políticas de conservação.

Biografia do Autor

Eneida de Almeida, Universidade Estadual Paulista UNESP

Professora da Universidade São Judas Tadeu em Regime de Tempo Integral, atua na Graduação, no Mestrado e no Doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Possui doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, FAU-USP (2010), mestrado em Studio e Restauro dei Monumenti pela Università Degli Studi di Roma (1987) e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, FAU-USP (1981).

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Publicado

30-12-2018

Como Citar

Almeida, E. (2018). Inventários e processos de patrimonialização: o caso da Vila de Paranapiacaba. Patrimônio E Memória, 14(2), 323–344. Recuperado de https://portalojs.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3367

Edição

Seção

Artigos Livres