Michel-Marie Derrion
episódios de um francês e de sua vida atlântica na primeira metade do século XIX
Palavras-chave:
Michel Derrion, Biografia, Socialismo utópico, Itinerário atlânticoResumo
Michel Derrion atravessou o Atlântico em 1841. Nascido em 1803, filho de um comerciante, ele cresceu em meio às lutas proletárias do bairro da Croix-Rousse à Lyon. Entre os anos de 1831 e 1834, ele frequentou os grupos fourieristas e saint-simonianos que movimentavam a região. Alguns anos mais tarde, em 1841, ele aceitou fazer parte de uma imigração para o Brasil com o intuito de fundar uma comunidade fourierista. A tentativa, que seria implementada nas terras do Sahy, São Francisco do Sul - Santa Catarina, não deu certo. Michel Derrion faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 1850.
Referências
BOURDIEU, Pierre. L'illusion biographique. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, v. 62-63, juin 1986.
BARRE, Josette. La colline de la Croix-Rousse: histoire et géographie urbaines. Lyon: Lyonnaises d'Art et Histoire, 1993.
BOITEUX, Henrique. O Falanstério do Sahy. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Florianópolis, 1. sem. 1944.
BUFFENOIR, Maximillien. Les saint-simoniens à Lyon. Revue Politique Littéraire (Revue bleue), n. 18, 2. sem. 1909.
CANDIDO, Antônio. Um funcionário da monarquia: ensaio sobre o segundo escalão. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, [2002] 2007.
CARPENTIER, Jean., LEBRUN, François (Dir.). Histoire de France. Paris: Seuil, 2000.
CUNHA, Lygia da Fonseca Fernandes da. Álbum cartográfico (séculos XVIII e XIX). Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Divisão de Publicações e Divulgação, 1971.
CUNHA, Rogério Pereira da. Juízes, policiais e administradores: elites locais, juíz municipal e centralização provincial na formação do Estado no Brasil – São Francisco do Sul, província de Santa Catarina (1832-1850). Curitiba, 2011. Tese (Doutorado em História) – Universidad Federal do Paraná.
DAVIS, Natalie Zemon. Léon l’Africain. Trad. Dominique Peters. Paris: Payot & Rivages, 2007.
DEL PRIORE, Mary. Biografia: quando o indivíduo encontra a história. Topoi, v. 10, n. 19, jul-dez. 2009.
DERRION, Michel. Constitution de l’industrie et organisation pacifique du commerce et du travail, ou tentative d’un fabricant de Lyon. Lyon: Chez Mme Durval Librerie, 1834.
DESANTI, Dominique. Les socialistes de l'utopie. Paris: Petit Bibliothèque Payot, 1971.
DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. Trad. Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: EDUSP, 2009.
FOUR, Pierre-Alain. Lyon et la soie: la naissance d’une conscience de classe. Millénaire 3, Lyon, 1ere oct. 2007. Disponível em: <https://www.soierie-vivante.asso.fr/PDF/revoltesmillenaire3.pdf>. Acesso: mar. 2017.
FROBERT, Ludovic (Dir.). L’écho de la fabrique: naissance de la presse ouvrière à Lyon. ENS Editions; Institut d’Histoire du Livre, 2007.
______ . Les canuts, ou la démocratie turbulente. Lyon 1831-1834. Paris: Tallandier, 2009.
______ . Vivre en travaillant ou mourir en combattant – les révoltes des canuts (1831, 1834). In.: Histoire des mouvements sociaux en France, de 1814 à nos jours. Paris: La Découverte, 2014.
GALLO, Ivone Cecilia D. A aurora do socialismo: Fourierismo e o Falanstério do Saí (1839-1850). Campinas, 2002. Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas.
GAUMONT, Jean. Le commerce Vérdique et Social (1835-1838) et son fondateur Michel Marie Derrion. Aminiens: Imprimerie Nouvelle, 1935.
JABLONKA, Ivan. Les vérités inavouables de Jean Genet. Paris: Éditions du Seuil, 2014.
LAVENIR, Catherine Bertho. La biographie en histoire culturelle. In.: Globe: Revue Internationale d'Études Québécoises, v. 15, n. 1-2, p. 183-199, 2012. Disponível em: <http://id.erudit.org/iderudit/1014631ar>. Acesso em: 1º jun. 2014.
LE GOFF, Jacques. Saint Louis. Paris: Gallimard, [1996] 2013.
LEVI, Giovanni. Les usages de la biographie. Annales, Économies, Sociétés, Civilisations. 44e année, n. 6, 1989.
LORIGA, Sabina. Le petit x : de la biographie à l'histoire. Paris: Seuil, 2010.
MOMBERT, Sarah. La muse de la Fabrique: Les rubriques littéraires de l’Echo de la fabrique. In.: FROBERT, Ludovic (Dir.). L’Écho de la Fabrique: naissance de la presse ouvrière à Lyon. ENS Editions; Institut d’Histoire du Livre, 2007, p. 177-191.
PETITFILS, Jean-Christian. Les socialistes utopiques. Paris: Presses Universitaires de France, 1977.
PIGUET, Marie-France. Désignation et reconnaissance: le concours pour chercher un terme appellatif qui remplace celui de canut dans l’Echo de la fabrique. In: FROBERT, Ludovic (Dir.). L’Écho de la Fabrique: naissance de la presse ouvrière à Lyon. ENS Editions; Institut d’Histoire du Livre, 2007.
REGNIER, Philippe. Les saint-simoniens à l’épreuve des évènements de Lyon: un approche communicationnelle. In: FROBERT, Ludovic (Dir.). L’Écho de la Fabrique: naissance de la presse ouvrière à Lyon. ENS Editions; Institut d’Histoire du Livre, 2007, p. 327-343.
REIS, João José. Domingos Sodré um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2008.
RUDE, Fernand. Les révoltes des canuts, 1831-1834. Paris: Maspero, 1982.
SCHWARCZ, Lilian M., SATRALING, Heloísa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SUBRAHMANYAN, Sanjay. Commente être un étranger de Goa-Ispahan-Venise, XVIèmeXVIIIème. Paris: Alma, 2013.
______ . Vasco da Gama, légende et tribulations du vice-roi des Indes. Trad. Myrian Dennehy. Paris: Alma, 2012.
THIAGO, Arnaldo S. São Francisco do Sul: breve notícia histórico-descritiva do município. [S.l.: s.n.], 1938.
VERNUS, Pierre. Relations contractuelles, tarifs et usages dans la fabrique lyonnaise de soierie au XIXème siècle. Laboratoire de Recherche Historique Rhône-Alpes – UMR 5190. Lyon: Université de Lyon. Disponível em: <http://www.static.lyon.fr/vdl/contenu/arrondissements/1ardt/Histoire%20de%20la%20fabrique%20(3).pdf>. Acesso em: 1º jul.
VIDAL, Laurent. Ils ont rêvé d'un autre monde. Paris: Flammarion, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Patrimônio e Memória

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.