A Feira das Iabás em Madureira / Rio de Janeiro
comida, música e cultura afro-brasileira
Palavras-chave:
Festa, Comida, Música, Patrimônio, Cultura afro-brasileiraResumo
Durante a década de 2010 o governo brasileiro, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), volta-se para a salvaguarda de bens culturais que compõem o chamado patrimônio imaterial. Bens como o ofício das “baianas do acarajé” e o “samba do Recôncavo Baiano” são tombados e neste contexto de valorização e preservação do patrimônio imaterial manifestações culturais são criadas, preservadas ou recriadas. Em 2008, a Feira das Iabás, evento voltado para comida e música é criado em Madureira / Rio de Janeiro. O reconhecimento da festa como patrimônio cultural imaterial valoriza as práticas de grupos sub-representados na sociedade brasileira. Não há garantia de continuidade da festa, ficando esta a cargo de iniciativas de lideranças das associações da localidade. Na Feira, comida e música são compartilhadas, servindo de elos que mantêm os afro-brasileiros unidos em redes de solidariedade e reciprocidade, tornando-se uma forma de expressão e consolidação da etnicidade afro-brasileira.
Referências
BERNARDO, T. O candomblé e o poder feminino. Rever, São Paulo, v. 2, n. 5, p. 1-21, 2005.
CACCIATORE, O. G. Dicionário de cultos afro-brasileiros. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
ELIAS, R. Preferência nacional. Nossa História, Rio de Janeiro, n. 4, p. 34-37, 2004.
GONÇALVES, M. A. R. O candomblé e o lúdico. Rio de Janeiro: Quartet. 2007.
______ . A Vila Olímpica da Verde e Rosa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
______ ; RIBEIRO, A. P. A. Mais que feijoada e samba: notas sobre a cultura negra brasileira. In: LEITÃO, Débora Krische; LIMA, Diana Nogueira de Oliveira; PINHEIRO MACHADO, Rosana (Org.). Antropologia & consumo: diálogos entre Brasil e Argentina. Porto Alegre: Age, 2006, p. 47-64.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
LANDES, R. Cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.
MAUSS, M. O ensaio sobre a dádiva. In: Antropologia e Sociologia. São Paulo: EPU, 1974. v. 2.
MINTZ. S.; PRICE, R. O nascimento da cultura afro-americana: uma perspectiva antropológica. Rio de Janeiro: Pallas. 2003.
PRANDI, R. Contos e lendas afro-brasileiras: a criação do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
______ . Ifá: o Adivinho – histórias dos deuses africanos que vieram para o Brasil com os escravos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.
______ . Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
RIBEIRO, A. P. A; CID, G.; VARGUES, G. (Org.). Memórias, territórios, identidades: diálogos entre gerações na Região da Grande Madureira. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SLENES. R. W. Malungu, Ngoma vem! África encoberta e descoberta no Brasil. Luanda: Ministério da Cultura, 1995.
______ . Na senzala, uma flor: esperanças e recordações da família escrava. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2011.
SILVA, V. S. da. A roda das donas: a mulher negra no candomblé. Rio de Janeiro, 2010. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
VERGER. P. A contribuição especial das mulheres ao candomblé do Brasil. In: Culturas africanas. São Luis, MA: UNESCO, 1986.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Patrimônio e Memória
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
