As providências econômicas e os Secretários de Estado:
considerações sobre a atuação dos ministros da monarquia portuguesa – século XVIII
Palavras-chave:
economia, século XVIII, agência, ministros, Secretários de Estado, Secretaria de Estado do UltramarResumo
O presente artigo pretende traçar algumas considerações a respeito das diferentes formas de reflexão e intervenção econômica dos ministros portugueses ao longo do século XVIII, com especial ênfase sobre a atuação dos Secretários de Estado. Embora a análise das conjunturas econômicas tenha se provado essencial para a compreensão dos conflitos e transformações nas políticas econômicas portuguesas, pesquisas recentes, por outro lado, têm ensejado novas (e mais amplas) interpretações acerca das decisões e condutas dos ministros portugueses. A partir de uma miríade de exemplos, pretendemos então indagar quais eram as devidas margens de atuação dos agentes coevos e como estes procuraram explorá-las, no limiar das mais diferentes limitações econômicas – estruturais e conjunturais.
Referências
ALDEN, Dauril. O período final do Brasil colônia: 1750-1808. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina. vol. II. Tradução de Mary Amazonas Leite de Barros e Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. p. 537-592.
ALDEN, Dauril. Royal Govenment in Colonial Brasil. With Special Reference to the Administration of the Marquis of Lavradia, Viceroy, 1769-1779. Berkeley; Los Angeles: University of California Press, 1968.
ARRUDA, José J. de A. Decadência ou Crise do Império Luso-brasileiro: o novo padrão de colonização do século XVIII. Revista USP. São Paulo, no. 46. junho/agosto 2000. p. 66- 78.
AZEVEDO, João Lúcio de. O Marquês de Pombal e a sua época. Rio de Janeiro: Anuário do Brasil; Lisboa: Nova Seara; Porto: Renascença Portuguesa, 1922.
BARRETO, José. Introdução. In: MELO, Sebastião José de Carvalho e. Escritos econômicos de Londres (1741-1742). Lisboa: Biblioteca Nacional, 1986.
CARRARA, Ângelo. Receitas e despesas da Real Fazenda no Brasil, século XVII. Juiz de Fora, MG: Editora da UFJF, 2009.
CARVALHO, Rômulo de. O Recurso a pessoal estrangeiro no tempo de Pombal. Revista de História das Ideias. Vol. 4, tomo I. Coimbra, 1982. p. 91-117.
CASTRO, Armando. As Doutrinas econômicas em Portugal na expansão e na decadência (Séculos XVI a XVIII). Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, 1978.
COSTA, João Severiano Maciel da. Apologia que dirige à Nação Portuguesa João Severiano Maciel da Costa. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1821.
COSTA, Leonor F. Relações econômicas com o exterior. In: LAINS, Pedro; SILVA, Álvaro F. da (orgs.). História Econômica de Portugal 1700-2000. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005.
COSTA, Leonor F.; ROCHA, Maria Manuela; SOUSA, Rita Martins de. O ouro do Brasil. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2013.
CUNHA, Luís da. Testamento Político ou Carta de conselhos ao Senhor D. José sendo Príncipe. Edição crítica de Abílio Diniz Silva. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2013.
DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
FALCON, Francisco José C. A época pombalina: política econômica e monarquia ilustrada. São Paulo: Editora Ática, 1982.
GODINHO, Vitorino Magalhães. Portugal, as frotas do açúcar e as frotas do ouro (1670-1770). In: Revista de História. vol. 7. n. 15, 1953. p. 69-88.
GUSMÃO, Alexandre de. Cálculo sobre a perda de dinheiro do reino. In: Revista Litterária. Periódico de Literatura, Philosophia, Viagens, Sciencias, e Belas Artes. Tomo 10o, 6o ano. Porto, Tipografia da Revista, 1843.
MACEDO, Jorge Borges de. A situação Econômica no tempo de Pombal: alguns aspectos. Lisboa: Gradiva, 1989.
MAGALHÃES, Joaquim Romero. Labirintos brasileiros. São Paulo: Alameda, 2001.
MARQUÊS DE ALORNA. Memórias Políticas. Lisboa: Tribuna da História, 2008.
MAURO, Frédéric. Portugal e o Brasil: A estrutura política e econômica do império, 1580-1750. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina. vol. I. Tradução de Maria Clara Cescato. 2a ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008. p. 447-476.
MELO, Sebastião José de Carvalho e. Escritos econômicos de Londres (1741-1742). Lisboa: Biblioteca Nacional, 1986.
MENZ, Maximiliano Mac. Reflexões sobre duas crises econômicas no Império Português (1688 e 1770). In: Varia História. Belo Horizonte, janeiro / abril de 2013, vol. 29, no 49. p. 35-54.
MIRANDA, Tiago. A ‘Companhia de Comércio da Ásia’ de Feliciano Velho Oldemberg (1753-1760). In: ARAÚJO, A. C.; CARDOSO, J. L.; MONTEIRO, N. G.; ROSSA, W.; SERRÃO, J.(orgs). O Terremoto de 1755: Impactos Históricos. Lisboa: Livros Horizonte, 2007. p. 199-208.
MONTEIRO, Nuno G. D. José: na sombra de Pombal. Lisboa: Temas & Debates, 2008.
MONT SERRATH, P. O. Crise geral e política manufatureira em Portugal na segunda metade do século XVIII: novos indícios e questionamentos. In: Saeculum. n.o 29. jul/dez, 2013. p. 75-96.
MUNTEAL Filho, Oswaldo. O Príncipe D. João e o Mundo de Queluz: Despotismo ministerial, tensões estamentais e sacralização do Estado na crise do Antigo Regime Português. Anais do Museu Histórico Nacional. vol. 31. Rio de Janeiro, 1999. p. 9-34.
NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). 6a ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
PEDREIRA, Jorge. A economia política do sistema colonial. In: FRAGOSO, J.; GOUVÊA, M. de F. (orgs.). O Brasil Colonial. vol. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 419-460.
PEDREIRA, Jorge. Indústria e negócio: a estamparia na região de Lisboa, 1780-1880. In: Análise Social. Vol. XXVI (112-113), 1991 (3° - 4°). p. 537-559.
RAMINELLI, Ronald. Viagens Ultramarinas: Monarcas, vassalos e governo a distância. São Paulo: Alameda, 2008.
SCHWARTZ, Stuart B. A Economia do Império Português. In: BETHENCOURT, F.; CURTO, D. R.(dir.). A expansão Marítima Portuguesa, 1400-1800. Lisboa: Edições 70, 2010. p. 21-51.
SÉRGIO, António. As duas políticas nacionais. Ensaios. Tomo II. Lisboa: Sá da Costa, 1972.
SIDERI, Sandro. Comércio e Poder: colonialismo informal nas relações anglo- portuguesas. Lisboa: Cosmos, 1970.
SILVA, Andrée Manusy-Diniz. Portugal e o Brasil: a reorganização do império, 1750-1808. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina. vol. I. Tradução: Maria Clara Cescato. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008. p. 477-518.
SIMÕES Junior, Mario Francisco. A Secretaria de Estado do Ultramar e Diogo de Mendonça Corte Real: inflexões na administração central do império português (1750-1756). 214 p. Dissertação (Mestrado em História Econômica) – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista Faces da História concordam com a cessão dos direitos autorais dos manuscritos, processo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC-BY-NC), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Dessa forma, a Revista Faces da História pode difundir os artigos e trabalhos publicados, em formatos físicos e/ou eletrônicos, incluindo Internet.