Estratégias das primeiras psiquiatras brasileiras na consolidação de suas carreiras
a centralidade da psicanálise para o avanço profissional (1941-1970)
Palavras-chave:
Mulheres psiquiatras, Psicanálise, Psiquiatria, Paradigmas, Jornais, CarreirasResumo
O artigo propõe analisar as seleções teóricas de clínica e prática profissional das primeiras mulheres psiquiatras que atuaram no Brasil, entre 1941 e 1970. Para contar essa história, mobilizamos o Correio da Manhã, Jornal do Brasil e Jornal do Commercio, disponíveis na Hemeroteca Digital. O estudo desse material possibilitou verificar a visibilidade pública das psiquiatras, os métodos terapêuticos que utilizavam, suas publicações e participações tanto em eventos científicos como políticos, o que permitiu articular a reflexão sobre as escolhas científicas que fizeram e suas atuações sociais na carreira e na política. A hipótese central que perseguimos demonstrou que as psiquiatras que se aproximaram da psicanálise ganharam maior visibilidade científica e notabilidade política quando comparadas às demais. Assim, entendemos os mecanismos e estratégias que incorporaram, se apropriaram e redelinearam para concretizar trajetórias socioprofissionais que se projetaram e foram, frequentemente, exitosas.
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