O patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Bahia no século XVIII
Palavras-chave:
Patrimônio; Crédito; Bahia; Colonial; Santa Casa de Misericórdia.Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a origem do patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Bahia no século XVIII, ressaltando a importância da atividade creditícia na sua composição. O vasto patrimônio da irmandade era formado, basicamente, por doações de particulares, propriedades urbanas e rurais e dívidas ativas decorrentes dos empréstimos. Entretanto, em relação à uma política de investimentos, a irmandade não seguiu um padrão. Enquanto uma Mesa administrativa optava pela atividade creditícia, outra preferia o aluguel de imóveis e, até 1757, o investimento em empréstimos a juros apresentou-se mais rentável do que os alugueis. Somente a partir daquela data, quando houve o corte oficial de juros de 6,25% para 5% anuais, o aluguel de imóveis tornou-se mais rentável. No entanto, a transição da atividade creditícia para a imobiliária ocorreria quase que forçosamente, pois a perda de prestígio culminou na diminuição da arrecadação que, aliada às altas despesas da instituição, diminuiram o potencial prestamista da Misericórdia a partir de meados do setecentos.
Referências
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Livro de toda a despesa e de todo o dinheiro que vier a esta Santa Casa (1723-1770). Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia- ASCMB, livro nº1017.
Conta dos patrimônios e rendimentos que administra a Santa Casa, calculada no ano de 1754 (1754-1755). Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia- ASCMB, livro nº210.
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