Reflexões sobre o passado português para a educação política da corte a partir do prólogo do Cancioneiro Geral (1516) de Garcia de Resende
Palavras-chave:
Reino de Portugal, Garcia de Resende, Cancioneiro Geral, Historiografia portuguesaResumo
Neste artigo, analisamos alguns aspectos relacionados à escrita da História presentes no prólogo do Cancioneiro Geral (1516) de Garcia de Resende (1470-1536). Nosso objetivo é analisar o prólogo do Cancioneiro Geral a partir do seu contexto de composição, ou seja, o ano de 1516, observando a situação da “arte de trovar” apresentada por Resende. Em um primeiro momento, reconstruiremos o contexto de composição da obra para poder compreender a situação do contexto histórico e literário da época. Em um segundo momento, nos voltaremos para o resgate da memória e a função da escrita no contexto de composição do Cancioneiro. Por fim, trabalharemos sobre as informações encontradas no prólogo do Cancioneiro, com o objetivo de abordar alguns aspectos destacados por Garcia de Resende, ou seja, a situação da “arte de trovar”, a falta de reflexão historiográfica e a importância do passado e sua difusão no âmbito da corte. Para isso, recuperamos as reflexões de Assmann (2011), Fernandes (2011), Fernandes (2012), Fernandes (2015), Geary (2002), Osório (2005), Osório (2006), Rocha (1979), as quais nos auxiliaram a compreender melhor o objeto e o contexto.
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