Entre currais de bois, cordões e pastores
Circuitos de expressar, ser e viver na cidade de Belém nos anos de 1920 a 1940
Palavras-chave:
Amazônia – cotidiano – sociabilidades – festas - boi bumbá – pastorinhasResumo
Discute-se diferentes circuitos de sociabilidade, festejos e artes construídos pelos segmentos populares que habitavam a cidade de Belém, entre 1920 e 1940. Esse período é apontado pela historiografia sobre a Amazônia como sendo uma época na qual a região vivenciou os efeitos do fastígio da econômica extrativo-exportadora da borracha, desencadeando nas principais cidades processos de pauperização que atingiram as condições de vida e trabalho de diferentes segmentos sociais. Todavia, a pesquisa na documentação judiciária e os discursos elaborados pela imprensa possibilitam conhecer uma cidade efervescente social e culturalmente; permeada por práticas festeiras que se articulavam cotidianamente entre as camadas de trabalhadores pobres da urbe, indiciando múltiplas formas de uso e ocupação dos territórios da cidade.
Referências
BURKE, Peter. Hibridismo Cultural. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2003.
CARNEIRO, Eva Dayana Felix. Belém entre filmes e fitas: a experiência do cinema, do cotidiano das salas às representações sociais nos anos 1920. Belém: UFPA, 2011.
DIAS JR, José do Espírito Santo. Boi Bumbá em Belém, uma expressão urbana e popular. Revista Estudos Amazônicos, Belém, vol. 5, n. 02, p. 75-103, 2010.
FONTES, Edilza. O pão nosso de cada dia: trabalhadores, indústria da panificação e legislação trabalhista em Belém (1940-1954). Belém: Ed. Paka-Tatu, 2002.
LEAL, Luiz Augusto Pinheiro. Capoeira, boi bumbá e política no Pará Republicano. 1889-1906.Revista Afro-Asia. Nº 32. Universidade Federal da Bahia, 2005, p. 241-269.
LEITE, Rogério Proença de Sousa. Espaço Público e política dos lugares: usos do patrimônio cultural na reinvenção contemporânea do Recife Antigo. 2001. 399 f. Tese de Doutorado (Antropologia) – Faculdade de Ciências Sociais, Campinas, São Paulo, 2001.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Festa no pedaço: cultura popular e lazer na cidade. 3ª ed. São Paulo: Ed. Unesp, Ed. Hucitec, 2003.
MONTEIRO, Mario Ypiranga. Festa dos cachorros. In: Revista Brasileira do Folclore. Setembro/dezembro. 1961. Nº 1 (01). p. 29-42.
PANTOJA, Leticia Souto. Trilhos, veios e caminhos da cotidianeidade das camadas populares de Belém. (1918-1939). 2015. 387 f. Tese de Doutorado (Doutorado em História) – Faculdade de História, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015.
PINHEIRO, Luiz Balkar Sá Peixoto. Na contra-mão da história: mundos do trabalho na cidade da borracha. Manaus, 1920-1945. Canoa do Tempo. Revista do Programa de pós-graduação de História. Manaus. V. 1. N. 1. Janeiro-dezembro. 2007. p. 11-32.
SPINOSA, Vanessa. Pela navalha: cotidiano, moradia e intimidade (Belém, 1930).2005. 167f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História) – Faculdade de História, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005.
SALLES, Vicente. Épocas do Teatro no Grão-Pará ou Apresentação do Teatro de Época. Tomo 2. Belém: UFPA, 1994.
SOUSA, Rosana de Fatima Padilha de. Reduto de São José: história e memória de um bairro operário (1920-1940). 2009. 112f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História) – Faculdade de História, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.
TEIXEIRA, Tatiane. Carnaval belenense em tempos de Estado Novo. 1938-1946.2013. 192f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História) – Faculdade de História, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013.
TOCANTINS, Leandro. Santa Maria de Belém do Grão-Para. Belém: Secult, 1987.
WEINSTEIN, Bárbara. A borracha na Amazônia: expansão e decadência. São Paulo: HUCITEC, 1983.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista Faces da História concordam com a cessão dos direitos autorais dos manuscritos, processo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC-BY-NC), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Dessa forma, a Revista Faces da História pode difundir os artigos e trabalhos publicados, em formatos físicos e/ou eletrônicos, incluindo Internet.