Espaços de gravidade flutuante
Da vertigem em três estações movediças em "Frauta de Barro"
Palavras-chave:
Poesia brasileira do século XX, Memória, Coleção, Cidade, Frauta de barroResumo
No presente trabalho, o recorte realizado diz respeito à coleção que o eu lírico faz em duas linhas que se entrecruzam: no primeiro plano deste texto, há uma linha que se volta para o percurso que o poeta faz pela cidade; a outra, por sua vez, está para as poéticas lidas por Luiz Bacellar. Elas são fios que se tecem em toda a costura textual, a fim de serem mobilizadas como fundamentos que tematizam o caminho desenvolvido pelo poeta, enquanto ele se debruça sobre a cidade a ser colecionada. Com o manuseio das tradições, nota-se que a obra escapa à configuração convencional do exótico em relação à Amazônia, ao passo que apresenta a cidade, além de dialogar com poéticas nacionais e internacionais e tocar outros campos.
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