curador chefe do departamento celta e gaulês do
French National Museum of Archeology
(MAN), sendo suas pesquisas recentes voltadas para a arqueologia do contemporâneo.
Rethinking Historical Time, New Approaches to Presentism
é dividido em três
partes, antecedida por uma introdução escrita por Marek Tamm e Laurent Olivier, e
finalizada por uma conclusão escrita por Aleida Assmann. A primeira parte do livro,
Presentism and the New Temporalities
, tem como principal objetivo construir um
arcabouço em relação às problemáticas que estão sendo apresentadas na teoria e filosofia
da história recente em relação ao presentismo. Para isso, Tamm e Olivier reúnem quatro
textos que exploram conceitos essenciais para o entendimento do presentismo.
A segunda parte do livro é chamada de
Multiple Temporalities
, composta por
quatro textos que procuram estabelecer uma introdução em relação a concepção de
temporalidades múltiplas que vem aparecendo na teoria e filosofia da história recente.
Nestes textos o conceito da temporalidade múltipla é apresentado de diversas formas
diferentes, como, por exemplo, na fotografia e, de maneira mais ampla, na política. A
terceira e última parte do livro é denominada de
Material Temporalities
, ela também é
composta por quatro textos e, como o título sugere, todos eles trazem a concepção
material da temporalidade, isto é, a proposta dos quatro textos é definir e construir um
panorama em relação à temporalidade e a como ela transborda para o meio material
através do reflorestamento, das heranças materiais e até mesmo da morte.
Na primeira parte do texto,
Presentism and New Temporalities
, o primeiro texto
apresentado por Olivier e Tamm é o
Out of Time? Some Critical Reflections on François
Hartog’s Presentism.
Escrito por Chris Lorenz, introduz uma crítica em relação ao
presentismo
apresentado por François Hartog. De acordo com Lorenz, Hartog apresenta
acidentalmente em seus textos dois tipos inconciliáveis de
presentismos
, o primeiro
refere-se ao presente enquanto tal, contemporâneo, que se encaixa com a tradição
moderna de história, sendo um tempo linear e progressivo, e no segundo que não é o
contemporâneo, trata-se de um tempo ideal e analítico chamado por Hartog de regime de
historicidade. As duas concepções de
presentismo
reverberam na questão da memória,
segundo o autor. No
presentismo
, o passado e o futuro se tornam extensões do presente,
apresentando uma falha nas características que predominam a concepção moderna de
história, a questão da abertura e da direção. Desta forma, Lorenz apresenta a sua tese de
um Hartog que constrói um
presentismo
que é a inversão do regime moderno de
historicidade.
O segundo texto, denominado
Return to Chronology
, escrito por Helge Jordheim,
propõe uma reconceitualização da dimensão entre o passado, presente e futuro de acordo
com as demandas produzidas pelo regime de historicidade moderno. De acordo com