SANTOS, Eduardo José Neves
*
http://orcid.org/0000-0002-3382-8678
Entre os meses de setembro e outubro entrevistamos o Professor José Carlos Barreiro
para lembrar os 15 anos de fundação do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares
sobre Cultura, Política e Sociabilidade, do qual, juntamente com a Professora Tania
Regina de Luca são membros fundadores.
Infelizmente não pudemos entrevistar o Professor Barreiro pessoalmente em virtude dos
tempos difíceis que estamos vivendo, o que nos obrigou a realizá-la por e-mails,
respeitando assim, por conta da pandemia, os protocolos de distanciamento social da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo com a barreira do distanciamento pessoal
pudemos conhecer aspectos importantes sobre a vida pessoal e profissional deste que é
hoje o mais antigo professor em exercício de nosso Campus.
O Professor Barreiro é graduado em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” (1974), mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas
(1980) e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (1989). Professor do
Departamento de História da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, campus de
Assis, desde 1978, realizou Livre Docência na mesma instituição (1995) e Pós-
Doutoramento na Georgia State University (2006-2007). Antes de sua viagem de
estudos para os Estados Unidos, em 2005, o Professor Barreiro participou de concurso
* Doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em História pela
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e graduado em História pela Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP-Assis). E-mail: eduardo-neves@uol.com.br
Recebido em: 12/09/2020
Aprovado em: 03/11/2020
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de provas e títulos para professor titular de História do Brasil, função que exerce
atualmente. Entre suas publicações destacam-se Campesinato e Capitalismo (Editora da
UNICAMP, 1986) e Imaginário e viajantes no Brasil do século XIX: cultura e cotidiano,
trabalho e resistência (Editora UNESP, 2002), além de dezenas de artigos científicos
publicados em Revistas especializadas e Anais de Congressos.
Eduardo José Neves Santos: Conte um pouco de sua trajetória individual.
José Carlos Barreiro: Sim. Cursei a graduação em História no período noturno da
Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Posteriormente a Faculdade de Assis juntou-se
aos demais Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São Paulo, formando o
que hoje é a UNESP. Quando terminei a licenciatura, em 1975, a nossa Faculdade ainda
não havia criado o seu curso de Pós-Graduação em História.
A oportunidade de dar continuidade aos meus estudos surgiu em 1976 com a criação da
primeira turma de Mestrado em História da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Me candidatei e consegui superar uma concorrência difícil, pois para
acorriam alunos muito bem preparados que sonhavam estudar em uma Universidade de
“gênios”, um mito que carregava a jovem Universidade desde os primeiros anos de sua
fundação.
À época estudava à noite e trabalhava como funcionário administrativo na Biblioteca de
nossa Faculdade. Não sabia se teria condições de me manter como estudante, sem
trabalho, na UNICAMP. Então procurei o diretor da Faculdade de Assis e solicitei uma
licença sem remuneração, para o caso de ter que deixar o curso por razões financeiras e
voltar ao trabalho. Como a licença não foi concedida, resolvi correr o risco de me manter
com as poucas reservas que tinha juntado. Fui para Campinas morar em uma pensão
barata na Vila Industrial, dividindo um quarto com mais quatro companheiros. Tudo
acabou dando certo graças à concessão, quatro meses depois, de bolsa de pesquisa da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Com a Bolsa
consegui formar uma república com outros colegas e viver com todas as condições para
fazer o curso. Minha dissertação foi a primeira a ser defendida na primeira turma do
Mestrado de História da UNICAMP e logo em seguida publicada em forma de livro pela
Editora da UNICAMP.
Em um momento em que a FAPESP e as Universidades Públicas do Estado de São Paulo
estão correndo sério risco de ficarem sem parcela significativa de seus recursos
financeiros em face do Projeto de Lei 529/2020 ora em tramitação na Assembleia
Legislativa de São Paulo, pensei que este breve relato de minha trajetória, que não é
único em seus aspectos gerais, poderia exemplificar a importância dos recursos públicos
para o financiamento da pesquisa científica e do ensino superior público e gratuito. Sem
universidade pública e gratuita e sem uma instituição de fomento à pesquisa como a
FAPESP jamais teria conseguido prosseguir na minha carreira.
Em maio de 1978 estava de volta ao Departamento de História da UNESP, campus de
Assis, a convite de colegas que haviam sido meus professores três anos antes, para dar
aulas nas disciplinas de História Contemporânea I e História Contemporânea II, mesmo
antes de concluir o Mestrado na UNICAMP. Na UNESP, onde permaneço até hoje, fiz
toda a minha carreira, chegando a titularidade através de concurso público realizado em
2005.
Em 1982 fui admitido como doutorando na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação do professor Arnaldo
Daraya Contier, tendo defendido minha tese de doutorado, depois publicada pela Editora
UNESP.
Eduardo José Neves Santos: Então a trajetória do senhor inclui sólida formação
constituída em três universidades estaduais paulistas (UNESP, UNICAMP e USP).
Como tal percurso colaborou para a escolha de seus objetos de estudo e pesquisa?
José Carlos Barreiro: Minha trajetória pelas três universidades estaduais paulistas
ocorreu em momentos distintos da vida política do país, que influenciaram minhas
reflexões acadêmicas. Quando cheguei na UNICAMP o clima da repressão estava forte.
Um professor de nosso curso ficou desaparecido por algum tempo, o movimento
estudantil estava igualmente ativo e sob intensa vigilância e repressão da polícia.
Contudo, ao lado deste clima sombrio era possível vislumbrar jorros de esperança nos
movimentos sociais e culturais que emergiam dos subterrâneos da ditadura. Assistíamos
ao ressurgimento do movimento operário, principalmente na região do ABC paulista,
propondo ações políticas autonomistas e procurando se distanciar das influências
político-partidárias da época. Estes anseios operários de auto-organização nas lutas em
defesa de suas reivindicações alimentavam a procura por referenciais teóricos que
pudessem iluminar nossas reflexões acadêmicas sobre o papel das classes subalternas
como coparticipantes decisivas dos movimentos sociais da história do Brasil.
Foi assim que descobrimos E. P. Thompson, historiador inglês estudioso dos movimentos
sociais autonomistas da Inglaterra do século XVIII. Thompson influenciou a pesquisa de
inúmeros colegas acadêmicos da época. Minha dissertação de Mestrado sobre os
camponeses da região de Campinas foi, mesmo que de forma ainda tangencial,
influenciada pelos referenciais teóricos de Thompson. Em meu trabalho de
doutoramento sobre a cultura popular brasileira à luz de relatos dos viajantes
estrangeiros que visitaram o Brasil desde fins do século XVIII até meados do XIX,
Thompson exerceu influência mais densa, principalmente por sua abordagem cultural e
antropológica para entender a luta dos pequenos camponeses e artesãos, num momento
em que o liberalismo inglês atuava de forma avassaladora para a “modernização” da
economia inglesa e destruição dos velhos costumes populares da época. Ao mesmo
tempo, outros historiadores vinculados à temática da História Cultural e Teoria da
História passaram a povoar nosso universo de reflexão historiográfica.
Quando a primeira turma de Mestrado da UNICAMP iniciou suas atividades, nosso
desafio primeiro era definir e problematizar nossos temas de pesquisa. Essas atividades
eram intensamente grupais. Pelo menos uma vez por semana todos os alunos e
professores do curso se reuniam em uma sala do prédio do Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas (IFCH), para que cada um de nós apresentasse suas ideias iniciais, que
iam ganhando corpo e se transformando em um projeto de pesquisa de mais solidez.
Na USP o trabalho era individual e as relações restringiam-se basicamente ao encontro
dos acadêmicos com seus orientadores, o que não impedia, por iniciativa própria, de
encontrarmos nas aulas colegas com interesses e afinidades comuns que resultavam em
trocas bastante produtivas.
Eduardo José Neves Santos: A partir de sua experiência como professor
universitário, como vê o papel dos grupos de pesquisa na formação de professores e
pesquisadores?
José Carlos Barreiro: Como comentei em sua pergunta anterior meu aprendizado de
trabalho em grupo na UNICAMP foi muito importante naquele momento e na minha
carreira acadêmica como um todo. É preciso compreender, entretanto, que a produção
do conhecimento não se realiza somente no grupo. A troca de experiências, bibliografia e
ideias são momentos importantes do trabalho acadêmico, mas é preciso que os aspectos
positivos do trabalho em grupo se transformem depois em reflexão individual, criativa e
original. Rememorando nossos tempos de UNICAMP, lembro que alguns colegas não
perceberam o momento certo de sair do grupo e partir para a sua criação individual.
Lembro ainda que o Michael Hall, um dos professores do Programa, depois de algum
tempo insistia: chega de grupo; agora vão todos para o arquivo se querem fazer suas
dissertações. Contudo, alguns colegas perderam esse timing e não conseguiram ir até o
fim, ou seja, não conseguiram fazer a dissertação.
Eduardo José Neves Santos: No que concerne a História do Brasil, quais foram os
principais interesses do grupo de professores que estruturaram o Grupo de Estudos
e Pesquisas Interdisciplinares sobre Cultura, Política e Sociabilidade?
José Carlos Barreiro: O Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Cultura,
Política e Sociabilidade foi certificado pelo CNPq em março de 2005 completando,
portanto, 15 anos de existência no corrente ano de 2020. Seus membros eram
pesquisadores credenciados pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de
História da UNESP, Campus de Assis, que trabalhavam individualmente, embora
desenvolvessem um trabalho expressivo de orientação de teses acadêmicas de
doutoramento, dissertações de mestrado, e orientações em nível de iniciação científica.
Suas pesquisas individuais eram sempre divulgadas em congressos nacionais e
internacionais e também na forma da publicação de livros e artigos em editoras
conceituadas e em periódicos bem qualificados na avaliação Qualis da CAPES. Contudo,
a necessidade dos frequentes encontros desses pesquisadores e seus respectivos
orientandos nas reuniões promovidas pela linha de pesquisa Identidades Culturais,
Etnicidades e Migrações, do Programa de Pós-Graduação em História de Assis, bem
como as afinidades temáticas que se foram revelando nas discussões acadêmicas da
linha, conduziram tais pesquisadores a fundar o referido Grupo de Pesquisa, que sob
minha liderança e da professora Tania Regina de Luca desde sua formação, tem realizado
intensa e frutífera programação, composta por discussões teóricas visando construir um
ambiente de trocas, aproximações e afinidades entre os membros do grupo.
Em seu projeto o Grupo privilegiou o estudo dos momentos fundamentais da construção
do Estado-Nação no Brasil ao longo de sua formação imperial e republicana,
concentrando suas investigações no campo da história e da educação. Necessariamente
alargado para contemplar os projetos específicos dos acadêmicos e dos pesquisadores o
Grupo abarcou vários subtemas, dentre os quais o estudo das múltiplas expressões de
formas rituais e simbólicas do protesto popular e do exercício de dominação das elites no
período de 1780 a 1880; o Brasil dos anos 30, seus intelectuais, suas formas de
sociabilidade, estratégias de intervenção no espaço público, suas leituras do passado e
formas de imaginar o futuro; a conjuntura da redemocratização, a cultura popular e as
múltiplas dimensões da sociabilidade próprias às manifestações carnavalescas na
sociedade brasileira.
Eduardo José Neves Santos: Ao longo de quinze anos de atividade, muitos alunos
passaram pelo Grupo de Pesquisa. Como o senhor encara a atuação dos acadêmicos
formados, sob sua orientação, em distintos Institutos de Ensino Superior (IES) do
país?
José Carlos Barreiro: Os acadêmicos orientados pelos professores do Grupo atualmente
desempenham trabalho importante no fortalecimento da pesquisa e do ensino no sistema
universitário brasileiro como um todo. Atualmente temos ex-orientandos trabalhando em
universidades de quase todos os Estados da federação, dentre as quais a Universidade de
São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual de
Maringá (UEM), a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), a Universidade Federal
da Grande Dourados (UFGD), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
Campus de Três Lagoas, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade
Federal de Viçosa (UFV), em Fundações Municipais e Universidades da rede particular de
ensino e na própria UNESP. Esta lista, ainda que incompleta, dá uma ideia aproximada do
trabalho de nosso Grupo de pesquisa, que, precisamos acrescentar, é parte constitutiva
do Programa de Pós-Graduação da UNESP, Campus de Assis.
Além da produção do conhecimento científico desenvolvido pelos acadêmicos formados
por nosso Grupo, não se pode esquecer de seu papel fundamental na formação de
professores para o ensino da História no Ensino Fundamental e Médio e de sua
contribuição em formar e ampliar uma massa crítica de intelectuais capazes de refletir e
intervir positivamente nos rumos de nossa sociedade num momento em que o
obscurantismo, a desvalorização da ciência e a degradação da política estão se
sobrepondo aos valores constitucionais e democráticos construídos com muita luta com
o fim da ditadura, com o movimento das Diretas e com os trabalhos da Assembleia
Constituinte de 1988.
Eduardo José Neves Santos: Se a produção de corpo docente qualificado é uma das
questões fundamentais do Grupo, qual o papel dos projetos de Iniciação Científica
(IC) no processo de formação de professores e pesquisadores?
José Carlos Barreiro: A Iniciação Científica é fundamental para a formação docente e
para a qualificação do graduando, que chega mais amadurecido e preparado para fazer o
seu Mestrado em menos tempo e com mais qualidade, além de ser um poderoso recurso
de conexão entre o Programa de Pós-Graduação e a Graduação, pois estas duas
instâncias formativas da Universidade não devem estar separadas. Minha própria
experiência enquanto aluno da graduação do curso de História de Assis é bastante
ilustrativa disso. Em 1972 participei como aluno, de uma pesquisa coordenada pela
professora Maria Luiza Marcílio financiada pela Fundação Ford. Com Bolsa de Iniciação
Científica provinda deste projeto tive oportunidade de viver “o sabor do arquivo” pela
primeira vez pesquisando durante três meses os “Registros de Compra e Venda de
Escravos” no Arquivo Municipal de Salvador, que resultou em artigo feito em parceria
com a professora Maria Luiza Marcílio e Rubens Murillo Marques e publicado na revista
Anais de História (a atual revista HISTÓRIA (São Paulo)), em 1973.
Tal experiência vivida enquanto aluno, despertou-me para a importância do empenho do
professor em preparar seus alunos para o trabalho de Iniciação Científica. Nosso Grupo
de pesquisa conta com inúmeros alunos de Iniciação Científica, financiados
principalmente pela FAPESP e pelo CNPq. Neste espaço eles m oportunidade de ouvir
as opiniões dos acadêmicos mais graduados sobre suas pesquisas, além de ler, discutir e
acompanhar a discussão de textos teóricos de interesse geral do Grupo, atividade que
realizamos mensal ou bimestralmente, dependendo da agenda de compromissos de
todos. Não é preciso nenhum esforço para perceber que os alunos que fazem Iniciação
Científica são bem sucedidos nos exames de seleção do Programa de Pós-Graduação de
Assis ou de outras universidades, como a USP, UNICAMP e UFRJ.
Eduardo José Neves Santos: Em quinze anos de atividades, quais as principais
contribuições do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Cultura,
Política e Sociabilidade na unidade universitária em que atua?
José Carlos Barreiro: O trabalho coletivo resulta em pesquisas de qualidade. É o que
podemos constatar nas dissertações de Mestrado e teses de Doutorado produzidas pelos
acadêmicos que fazem ou fizeram parte do Grupo. Os professores pesquisadores do
Grupo igualmente se revigoram através das discussões coletivas e leituras comuns que
fazem sistematicamente como parte das atividades do Grupo, o que se reflete nas
centenas de artigos científicos publicados em revistas científicas bem avaliadas pelo
Qualis CAPES, e nos livros publicados por editoras igualmente importantes.
Eduardo José Neves Santos: Nas últimas décadas, como visualiza as transformações
no campo de trabalho do historiador? E em especial à História do Brasil?
José Carlos Barreiro: Vejo o trabalho do historiador e dos demais ramos do
conhecimento humanístico ganhando cada vez mais importância. As grandes
transformações tecnológicas, principalmente as ligadas à internet e à inteligência
artificial ocorrem em velocidades espantosas. pouco mais de uma semana ouvi com
meus alunos de Teoria da História e de História do Brasil República deste semestre, uma
conferência apresentada pelo historiador e antropólogo Carlo Ginzburg, proferida em
2010, sobre a História na era da internet. Para Ginzburg a internet e o Google são
ferramentas fundamentais que por enquanto não somente não são democráticas, mas
até exacerbam a hierarquia social entre os diversos segmentos sociais ao invés de
reduzi-las. Para um uso proveitoso da internet é preciso dominar os instrumentos do
conhecimento, ou seja, temos que ter à disposição um privilégio cultural, que está
atrelado ao privilégio social.
Na internet, e principalmente em uma ferramenta como o Google encontramos
verdadeiras preciosidades no que tange à informação sobre as sociedade e as culturas de
todos os tempos. Contudo, essas joias do conhecimento estão misturadas e emboladas
aos lixos culturais que não se prestam senão à desinformação e à alienação. Enfim, a
internet e o Google nada mais são do que próteses poderosas de nosso corpo e de nossa
mente, e o professor em carne e osso precisa estar presente e atuante para
instrumentalizar democraticamente aqueles que não são detentores de um privilégio
cultural, para o uso social proveitoso dessa tecnologia. E, obviamente caberá
principalmente ao humanista, ao professor de história e das ciências humanas em geral o
desempenho desse papel. Enfim, o mundo precisa cada vez mais do conhecimento
humanístico para que a tecnologia, que avança a passos rápidos, possa ser orientada na
distribuição democrática de seus benefícios para toda a sociedade.
Eduardo José Neves Santos: Agradeço ao professor pela entrevista concedida e os
aspectos pontuados.