FACES DA HISTÓRIA
Apresentação
Faces da História chega ao v.1, n.2 (jul./dez.2014) com uma
publicação que faz jus aos múltiplos vértices historiográcos privilegiados pelo
seu conselho editorial. Os artigos que você, leitor, tem em sua tela, dialogam
com diferentes fontes e objetos da escrita historiográca. Tanto do ponto
de vista temático, quanto do local de origem de seus autores, esse número
contou com a contribuição e o intercâmbio entre pesquisadores, discentes
e docentes de programas de pós-graduação stricto sensu espalhados por
diversas regiões do Brasil.
Os textos enviados para a publicação foram avaliados às cegas por
pares e dispostos em duas seções: uma referente ao dossiê temático e outra
de artigos livres. O dossiê intitulado História e Filosoa: elos e confrontos entre
genealogia e hermenêutica na historiograa foi organizado pelo Prof. Dr. Hélio
Rebello Cardoso Jr. (Unesp – Assis) e pelos discentes Rodrigo Bianchini Cracco
(Doutorando - UFMG – Belo Horizonte) e Tiago Viotto da Silva (Mestre – Unesp
– Assis). Esse, conta com apresentação própria e tem por intuito levar a cabo
as discussões acerca da história da historiograa, teoria e losoa da história,
além de incluir uma tradução inédita no Brasil de um artigo de Herman Paul,
professor da Universidade de Leiden, Holanda. Para encerrar, foi realizada
uma entrevista com José Carlos Reis, historiador que transita entre as áreas
concernentes ao tema em questão.
Na seção de artigos livres, foram contemplados temas variados
como a realeza cristã da Hispânia visigoda (século VII), as perseguições aos
“maus costumes” relatadas no jornal O Nordeste (década de 1920) e a análise
das cartas de George Orwell sobre a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra
Mundial (1941-1946). As problemáticas abordadas ganham escopos díspares
com as discussões acerca do nacionalismo e da modernidade na revista
Música Viva (década de 1940), com os comics de Stan Lee, sob a conjuntura
da Guerra Fria (1960) e, por m, na construção do grupo dos sem-terra nas
folhas do jornal Terra Livre (1954-1964).
Em relação a resenha, o foco é a cidade de São Paulo, seus bares,
clientes e sua pretensão a modernidade, mensurados na leitura crítica acerca
do livro de Daisy de Camargo Alegrias engarrafadas: os álcoois e a embriaguez
na cidade de São Paulo no nal do século XIX e começo do século XX. Os
temas acima delineados, ainda que de forma sucinta, certamente não dão
conta do fôlego crítico empreendido pelos seus autores. Do Ceará ao Rio
Grande do Sul, do Piauí, de Minas Gerais e de São Paulo, esta edição traz
uma gama ampla da produção historiográca atual qualicada.